O ARREBATAMENTO DA IGREJA
1Ts
4.16,17: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre
com o Senhor.”
“Eis que eu vos
declaro um mistério: nem todos adormeceremos, mas certamente, todos seremos
transformados, 52num momento, num abrir e
fechar de olhos, ao som da última trombeta. Porquanto a trombeta soará, os
mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. 53Pois é impreterível que este
corpo que perece se revista de incorruptibilidade, e o que é mortal, se revista
de imortalidade. 54No momento em que este corpo
perecível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, for revestido de
imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “Devorada, pois,
foi a morte pela vitória!” 55“Onde está, ó Morte, a tua
vitória? Onde está, ó Morte, o teu aguilhão?” 56Porquanto, o aguilhão da Morte
é o pecado, e o poder do pecado é a Lei. 57Contudo, graças a Deus, que
nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo!” ( 1 Co
15: 51 a 57)
O termo “arrebatamento” deriva
da palavra raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”.
O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” no
verso 1 Ts 4. 17. Esse evento, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor
será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento
abrange apenas os salvos em Cristo.
Instantes antes do arrebatamento, ao descer
Cristo do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que
morreram em Cristo” (1 Ts 4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em
Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de Cristo voltar à terra, julgar os
ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver
com os mártires dos sete anos de tribulação e possivelmente com os santos do AT
(Ap 20.6).
Ao mesmo tempo em que ocorre a
ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus
corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num
instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).
Tanto os crentes ressurretos como os que
acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se
com Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu. Estarão literalmente unidos
com Cristo (4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (Jo 14.2,3), e reunidos aos
queridos que tinham morrido (4.13-18). Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21), de
toda perseguição e opressão (Ap 3.10), de todo domínio do pecado e da morte
(1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura” (1.10; 5.9), ou seja:
da grande tribulação.
A esperança de que nosso Salvador logo voltará
para nos tirar do mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor” (4.17), é a
bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte principal de
consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).
Paulo emprega o pronome “nós”
em 4.17 por saber que a volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e
comunica aos tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que
anelemos e esperemos contínua e confiadamente volta do nosso Senhor (cf.
Rm 13.11; 1Co 15.51,52; Ap 22.12,20).
Depois do arrebatamento, virá
o Dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver
5.2). Seguir-se-á a segunda fase da vinda de Cristo, quando, então, Ele virá
para julgar os ímpios e reinar sobre a terra (Mt 24.42,44).
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