Não podemos falar de justificação pela fé sem
utilizarmos as bases encontradas na confissão de fé de Westeminster e seus
catecismos, bem como no catecismo de Heidelberg, na
confissão Belga e nas ideias de Calvino. Todas estas exposições
doutrinárias têm um mesmo foco, enfatizam a graça de Deus que está na
justificação pela fé .
Os reformadores
procuraram corrigir o erro de confundir justificação com santificação,
procuraram ressaltar seu aspecto legal e descreveram-na como ato da livre graça
de Deus, pela qual ele nos perdoa os pecados e nos considera justos aos seus
olhos.
A JUSTIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CATECISMO DE HEIDELBERG
No catecismo de Heidelberg encontramos uma definição
de justificação pela fé, que define enfaticamente o aspecto da graça dentro da
justificação. A pergunta 60 e sua resposta dizem o seguinte:
“ Pergunta – Como você é justo para com Deus?
Resposta - Só pela fé verdadeira em Jesus Cristo.
Mesmo que me acuse a consciência, de haver pecado gravemente contra todos os
mandamentos de Deus, e de não haver jamais guardado qualquer deles, e mesmo que
eu esteja ainda inclinado a todo o pecado, não obstante, sem merecer de forma
alguma, só pela sua graça, Deus me assegura e credita a mim a perfeita
expiação, justiça e santidade em Cristo, como se eu nunca houvesse pecado ou
sido pecador, como se eu tivesse sido perfeitamente obediente como Cristo foi obediente
por mim. Tudo o que preciso fazer é aceitar o dom de Deus com um coração
crente”[1]
Esta resposta nos mostra que somos
pecadores e estamos sempre inclinados para o pecado, mas, mesmo sem merecermos,
Deus nos salva de graça, independente de qualquer mérito humano. Deus, através
de Cristo, coloca a satisfação da lei no pecador e considera a perfeita
obediência de Cristo, como transmitida para nós, e assim, pela fé, somos
abençoados por Deus.
A JUSTIFICAÇÃO DE ACORDO COM A CONFISSÃO
BELGA
O
artigo 22 da confissão Belga diz o seguinte:
Art.
22 –“ Dizemos junto com Paulo, com
acerto, que somos justificados pela fé somente ou pela fé sem obras( Rm 3:28).
Não dizemos que é a própria fé que nos justifica – pois a fé é apenas o
instrumento pelo qual abraçamos a Cristo, justiça nossa. Jesus Cristo é a nossa
justiça colocando ao nosso dispor todo seu mérito e toda santa obra que ele faz
por nós e em nosso lugar. A fé é o instrumento que nos mantém junto com ele na
comunhão de todo seu beneficio. Quando esses benefícios são feitos nossos, são
mais do que suficientes para absolver-nos de nossos pecados.”[2]
Somos justificados pela fé sem a ajuda
das obras, Cristo é a nossa justiça, e assim a fé é um instrumento que nos aproxima de Cristo.
Somente o que Cristo faz é adequado para cobrir os nossos pecados.
A JUSTIFICAÇÃO DE ACORDO COM A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTEMINSTER
O sistema doutrinário utilizado em algumas Igrejas Presbiterianas,
é a confissão de fé de Westminster com seus catecismos . Assim como as outras duas anteriores, ela procura embasar sua exposição na palavra de
Deus. Sobre o tema “Justificação“, encontramos várias diretrizes que nos
explicam e ensinam esta doutrina. O capitulo XI é o que fala sobre justificação .
O primeiro parágrafo
do capítulo XI nos diz:
“ Os
que Deus chama eficazmente, também livremente justifica. Esta justificação não
consiste em Deus infundir neles a sua justiça, mas em perdoar os seus pecados e
em considerar e aceitar as suas pessoas
como justas. Deus não os justifica em razão de qualquer coisa neles operada ou
neles feita, mas somente em consideração à obra de Cristo; não lhes imputando
como justiça a própria fé, o ato de crer ou qualquer outro ato de obediência
evangélica, mas imputando-lhes a obediência e satisfação de Cristo, quando eles
o recebem ou se firmam nele pela fé, fé esta que possuem não como oriunda de si
mesmos, mas como dom de Deus.” [3]
Na carta de Paulo
aos Romanos, capítulo oito versículo trinta, encontramos:
“ E
aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a estes também
justificou, e aos que justificou a esses também glorificou.” [4]
Vemos que Deus faz a sua obra salvadora de maneira completa. Ele predestinou, chamou,
justificou e glorificou os seus filhos. Isto nos mostra que a obra de salvação
está de antemão realizada, e se define quando a fé, pela palavra de Deus, se
implanta nos corações humanos.
O fato de Deus chamar os
gentios, que foram predestinados para, pela fé, receber a Jesus, mostra que ele
não os chama em vão, mas os torna justos.
Muitas vezes, queremos
questionar a liberdade de Deus em predestinar, chamar, justificar e, depois
ainda, glorificar. Não somos capazes de compreender o amor de Deus ao
conhecermos estes atos divinos. Mas, devemos reconhecer sua soberania, e que a
maior prova desta é nos justificar. Na
carta de Paulo aos Romanos, capítulo três versículo vinte e quatro diz:
“ Sendo justificados gratuitamente, por sua
graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” [5]
Assim, a
justificação só ocorre pela graça Deus. Não podemos comprar a justificação,
pois esta é um presente de Deus para o ser humano, ou seja, é uma dádiva para
nós.Deus é livre para
justificar, e isto ele faz gratuitamente.
A justificação não é dada
ao homem como um ato de força, mas através do perdão dos pecados.Na carta de
Paulo aos Romanos capítulo quatro, a partir do versículo cinco, até o
oito, temos a seguinte declaração:
“ Mas, o que não trabalha, porém crê naquele
que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça. E é assim também
que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça
independente de obras: Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas,
e cujos pecados são cobertos; Bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais
imputará pecado.”[6]
Paulo
busca explicar o relacionamento entre as obras da lei e a crença. Demonstrando que a fé é o fator
fundamental para a justiça diante de
Deus, ou seja, para sermos justos diante de Deus.
No capitulo quatro de
Romanos, Paulo quer confirmar seu argumento
de que a justificação vem pela graça divina, através da fé em Cristo, para isto
busca demonstrar esta relação em Abraão, que foi contado justo pela fé, e não
mediante a guarda da lei.
É importante sabermos que
a retidão de Deus foi dada a Abraão, e não conquistada por ele em troca de suas
obras.
Muito se tem discutido
sobre a relação fé e obras. Abraão nada tinha do que se vangloriar, portanto o
texto de Gênesis, capitulo quinze,
versículo seis explica: “ Ele creu no Senhor e isso lhe foi imputado
para justiça.”[7]
Pela fé ele foi contado como justo[8].
Também Tiago, destaca Abraão como exemplo de alguém que demonstrou sua
verdadeira fé através das obras.
Nenhuma de nossas obras,
pode nos trazer uma justificação diante
de Deus, mas somente os méritos de Cristo garantem nossa inteira justificação.
No mesmo sentido em que
Paulo demonstrou que confiança em nossas próprias obras é fatal, Tiago ensina
que confiança numa fé vazia ou morta, é igualmente mortífera, ou seja, uma fé
que não gera resultados práticos é falsa e não conduz a Cristo. A fé de Abraão
era prática e obediente. Quando Deus lhe pediu Isaque, pela fé Abraão obedeceu.
Em resumo, a Confissão de
Fé, em seu embasamento bíblico, define que não são as obras da lei que salvam,
mas uma fé verdadeira, que só é autêntica, quando se exterioriza na vida,
através do amor ao Senhor e ao próximo.
Quando a Confissão de Fé de Westminster,
fala de boas obras, aprendemos o seguinte:
“Estas
boas obras, feitas em obediência aos mandamentos de Deus, são os frutos e as evidências de uma fé viva e verdadeira; por elas
os crentes manifestam a sua gratidão, robustecem sua confiança, edificam os
seus irmãos, adoram a profissão do Evangelho, fecham a boca aos adversários e
glorificam a Deus, de que são feitura, criados em Jesus Cristo para isso mesmo,
afim de que, tendo o seu fruto em santidade, tenham no final a vida eterna.”[9]
As boas obras são os frutos de uma fé viva e verdadeira.
Este é o relacionamento aceito em nossas igrejas.
A
justificação pela fé é o perdão de nossos pecados, a reconciliação do homem,
que tem em seu coração a inimizade para com
o seu Criador. Através de Cristo o homem perde a inimizade e torna-se
amigo de Deus. Começa-se assim, um novo relacionamento entre a criatura, agora
regenerada, e o Criador. Sabemos, que
Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões e nos
confiou a palavra de reconciliação.
A reconciliação ocorre através de Jesus por meio da fé.
O
segundo parágrafo da confissão de Fé de Westeminster, nos afirma o seguinte:
“A fé, assim
recebendo e assim repousando em Cristo e em sua justiça, é o único instrumento
da justificação; ela, contudo, não está sozinha na pessoa justificada, mas
sempre anda acompanhada de todas as demais
graças salvíficas; não é uma fé morta, mas a fé que age através do
amor.” [10]
A fé é composta de muitas outras coisas: o titulo de filhos
de Deus (adoção), a paz com Deus (reconciliação), a justificação, o amor a Deus
e ao próximo que se exteriorizam nas obras e muitas outras bênçãos. Porém,
sabemos que a justificação se refere plena e eficazmente ao ato de Cristo pagar
nossa dívida na cruz. E isso é a graça de Deus.
A
graça de Deus está enraizada em sua santidade e sua soberania. Porque Deus é
soberano, ele justifica os seus, e isto ocorre na maior demonstração do amor
divino, a morte de Jesus Cristo.
Na
primeira parte do terceiro parágrafo da Confissão de Fé de Westminster
encontramos a seguinte declaração:
“Cristo,
por meio de sua obediência e morte, pagou plenamente a divida de todos os que
são assim justificados, e em favor deles, fez à justiça de seu Pai uma
satisfação própria, real e plena. “ [11]
A morte de Jesus foi substitutiva. Por sua graça e amor ele
morreu em nosso lugar.
Na carta de Paulo aos Romanos capítulo
cinco, a partir do versículo oito até o
dez, temos a seguinte declaração:
“ Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue seremos por ele
salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus
mediante a morte de seu filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos
salvos pela sua vida.”[12]
É isto que prova o amor de Deus em nossas
vidas
Hendriksen (2001, p.30) afirma :
“Não
seremos frustrados em nossa esperança, porque, em Cristo, Deus nos ama tão
profundamente que o salvador morreu por nós quando éramos ainda pecadores. Se,
pois, fomos justificados por meio dessa
morte – ou desse sangue –de Cristo, muito mais seremos salvos de qualquer
derramamento futuro da ira de Deus. [13]
Devido
ao seu amor Jesus sendo sem pecado,
substituiu na cruz os homens, os quais são pecadores e miseráveis.
O
Espírito Santo abre o entendimento
humano, para que o homem receba a palavra de Deus que gera fé, e seja
justificado por fé, cumprindo assim, o que já foi determinado por Deus.
Da Confissão de fé temos a seguinte declaração:
“Deus continua a perdoar os pecados dos
que são justificados. Embora eles nunca poderão cair do estado de justificação,
poderão, contudo, por seus pecados, incorrer no paternal desagrado de Deus, e ficar privados da luz de
sua graça, até que se humilhem, confessem os seus pecados, peçam perdão e
renovem sua fé e seu arrependimento.” [14]
Na primeira carta de João no Capitulo
um, a partir do primeiro versículo até o nono temos o seguinte:
” Se, porém, andarmos na luz, como
ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu
Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a
nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os
nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar
de toda injustiça.”
A nossa
justificação é garantida no sacrifício de Jesus. Mas, apesar de crermos em
Jesus, continuamos a pecar e Deus continua a nos perdoar. Cada
vez que pecamos e passamos por arrependimento, Deus lança as nossas culpas no
sacrifício de Jesus. No livro do profeta Isaías, capitulo cinquenta e três , versículo cinco encontramos o seguinte:
” Mas ele foi ferido por
causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados.” [15]
Visto que a morte de Jesus pagou
totalmente a punição pelo pecado, Deus concede o perdão e purificação por uma
questão de amor, fidelidade e justiça, pois
ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça.
E por ultimo, neste capitulo da
justificação, a confissão de fé nos diz que:
“
A justificação dos crentes sob o Velho Testamento era, em todos estes aspectos,
uma e a mesma justificação dos crentes sob o Novo Testamento.”[16]
No Antigo Testamento os que criam na
promessa do Messias eram justificados. De nada adiantaria seguir a lei sem ter
a fé no Messias futuro, de nada adiantaria os sacrifícios sem um olhar futuro para o Messias. A lei deveria, indicar a Jesus, os sacrifícios deveriam
ilustrar o sacrifício do Cordeiro de Deus.
A fé no Antigo Testamento era voltada
às promessas. E esta fé indicava a salvação, embora ainda não houvesse um
entendimento pleno da salvação, devido à progressividade da revelação da
palavra divina. Assim, na carta aos Hebreus no capitulo onze, versículo treze
temos a afirmação:
“ Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as
promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando- as, confessaram
que eram estrangeiros e peregrinos na terra. “
[17]
Atos
capitulo quinze , versículo onze:
:
“Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus,
como também aqueles o foram.” [18]
A confissão de fé de
Westeminster nos mostra a justificação
pela fé de forma clara e objetiva,pois apresenta o ensinamento teológico-doutrinário presente
nas igrejas calvinistas.
A JUSTIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CATECISMO MAIOR
Analisamos também a questão desse
artigo, em encontrando as diretrizes do Catecismo Maior. Vejamos:
“Pergunta 70: “Que é justificação?”
Resposta: Justificação é um ato da livre graça de Deus para com os
pecadores,no qual ele os perdoa, aceita e considera justas as suas pessoas
diante dele( II Co 5. 19,20; Rm 3. 22, 24, 25; Rm 4. 5), não por qualquer coisa
neles operada ou por eles feita(Ef 1. 6, 7; Rm 3. 28), mas unicamente pela
perfeita obediência e plena satisfação de Cristo a eles imputadas por Deus( Rm
3. 24, 25; Rm 5. 17, 18, 19; Rm 11. 6- 8) e recebidas só pela fé( Rm 5. 1; At
10. 43; Gl 2. 16; Fp 3. 9)”.
Justificar, segundo a literatura
bíblica, significa: Inocentar por falta de provas; declarar justificado
mediante cumprimento da lei; dar ao criminoso,
depois
do cumprimento da pena, o atestado de “nada consta” contra ele na justiça.
A justificação torna-se, para o pecador
condenado à pena de morte eterna, um ato da livre graça de Pai que, em seu
lugar, condena seu Filho amado, o Justo, e o leva ao sacrifício cruento da
cruz.
“Pergunta
71: “Como a justificação é um ato da livre graça de Deus? Resposta: “Ainda
que Cristo, pela sua obediência e morte, prestasse uma verdadeira satisfação
real e plena à justiça de Deus a favor dos que são justificados, é de livre
graça para eles, desde que Deus aceite a satisfação de um fiador, a qual podia
ser exigida deles; e proveu este fiador, seu único Filho, imputando-lhes a
justiça deste e não exigindo deles nada para a sua justificação senão a fé, a
qual também é dom de Deus(Mt 20. 28; Rm 5.
8-10, 19; I Tm 2. 5, 6; Is 53. 5, 6; Hb 7. 22; Rm 8. 32; II Co 5. 21; Rm3. 25;
Ef 2. 8; Ef 1. 7).”
O preço foi pago por Cristo e ele pagou
caro, caríssimo, a dívida humana da transgressão. O débito, humanamente
irresgatável e insuportável, era a exclusão da convivência divina e as mortes
física e espiritual. A culpa que pesava inexoravelmente sobre o pecador, o
próprio Deus assumiu-a de maneira absolutamente real, fazendo-se
verdadeiramente homem pela encarnação da Segunda Pessoa da Trindade, sem deixar
de ser autenticamente divino. Portanto, Deus cobrou, no Filho do Homem, nossas
transgressões, levando-o à crudelíssima e ignominiosa morte de cruz. E assim,
segundo Paulo, a redenção nos veio pela justiça de Cristo como a perdição nos
atingiu pelo pecado de Adão.
Pergunta 72: “Que é fé justificadora?
Resposta: A fé justificadora é a que salva( Hb 10. 39), operada pelo
Espírito Santo e pela Palavra de Deus no coração do pecador( Rm 10. 14,
17; II Ts 2. 13) que, sendo por ambos convencido do seu pecado e miséria
e da sua incapacidade, e das demais criaturas, para restaurá-lo do
estado de perdição(Jo 16. 8, 9; At 16. 30; At 2. 37; Ef 2. 1; At 4. 12;
Rm 7. 9), não somente aceita a verdade da promessa do Evangelho( Rm 10.
8-10), mas também recebe Cristo e confia nele e na sua justiça, que lhe são oferecidos
no Evangelho para o perdão de pecados( At 10. 43; Gl 2. 15, 16) e para que sua
pessoa seja aceita e reputada justa diante de Deus para salvação(Fp 3. 9; At
15.11).”
A fé, sendo um dom de Deus, uma graça
imerecida, incondicional e inconquistável, não carece de verificação racional e
de comprovação material A eleição condiciona o eleito à fé; a fé abre-lhe a
mente à recepção da Palavra de Deus; esta aponta objetiva e exclusivamente para
Jesus Cristo, o Salvador e Regenerador. Tudo se efetua mediante o ministério do
Espírito Santo, o Comunicador de Deus e o Intérprete do Filho. Assim,
entendemos o seguinte: Fé salvadora e justificadora não é obra humana; é graça
divina.
Esta fé justificadora, é aquela que, doada por Deus ao seu eleito,
leva-o à crença em Cristo Jesus, à submissão e à consagração a ele. Esta fé é
despertada no escolhido pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo. Sem ela, em
si mesma uma graça divina, nenhum pecador aceita Jesus Cristo nem entende,
capta e pratica as Escrituras Sagradas. Ela é o olho espiritual que permite ao
predestinado enxergar o Salvador, reconhecê-lo e tornar-se um de seus servos.
Todo o preordenado à salvação em Cristo é galardoado com o dom da fé
justificadora ou salvadora.
[1] JANSE. C. La confession de la iglesia. Barcelona: Fundación editorial de
Literatura reformada. 1990.
[2] HOEKEMA, Anthony- Salvos pela Graça . A doutrina Bíblica da Salvação. .São Paulo:
Editora Cultura Cristã .1997
[3]IGREJA
PRESBITERIANA DO BRASIL – A Confissão de
Fé, O Catecismo Maior, o Breve Catecismo,
Casa Editora Presbiteriana ,1a
edição especial. São Paulo -1991
[4] BÍBLIA DE ESTUDOS GENEBRA- Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil,1999.
[5] Id ibdem
ao 5
[6] BÍBLIA DE ESTUDOS GENEBRA-
Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil,1999.
[7] ALMEIDA,
João Ferreira –A Bíblia Sagrada –
revista e atualizada . 2a Ed., Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
[8] Id.
Ibdem 7
[9]IGREJA
PRESBITERIANA DO BRASIL – A Confissão de
Fé, O Catecismo Maior, o Breve Catecismo,
Casa Editora Presbiteriana ,1a
edição especial. São Paulo -1991
[10]
id. Ibdem
[13] id.
Ibdem.
[14]IGREJA
PRESBITERIANA DO BRASIL – A Confissão de
Fé, O Catecismo Maior, o Breve Catecismo,
Casa Editora Presbiteriana ,1a
edição especial. São Paulo -1991
[15] BÍBLIA DE ESTUDOS GENEBRA-
Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil,1999.
[16]
Id. Ibdem;
[17] Id. Ibdem;
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