Como entender a forma de Deus agir?

Como entender o agir de Deus?
Como entender o agir de Deus?
“Assim como tu não sabes qual caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.” Eclesiastes 11:5


            Três coisas são mencionadas como algo que “não sabemos”: o caminho do vento, a formação dos ossos de uma criança ainda no ventre materno, e o agir de Deus. 
       Na verdade, com a expressão “não sabes”, entendemos que o escritor falava de coisas que “não vemos”. Podemos saber o caminho do vento através do balançar das folhas de uma árvore, pelas evidências de que ele sopra, mas nunca por ser visível aos nossos olhos. O caminho do vento em si é algo oculto à nossa visão, ocorre fora do alcance da vista dos olhos.

                Semelhantemente, a formação óssea de um bebê ocorre fora da vista dos nossos olhos; não podemos ver como ela se dá. Creio que a expressão “não sabes” que o rei sábio usou estava apontando para “o que não vemos”, senão nem contemporânea seria esta afirmação, pois hoje a ciência tem trazido uma perfeita explicação da formação óssea do feto; podemos “saber”, mas continuamos impedidos de ver. Isso tudo   é   um paralelo que ilustra o agir divino. Deus age sempre e em todas as coisas, porém, nem sempre este agir será visível aos nossos olhos, pois o que o caracteriza é esta sua definição bíblica de que é invisível.

                Há promessas e princípios bíblicos que já são uma revelação da vontade divina, e que em situações onde eles podem ser indiscutivelmente aplicados, não precisamos orar para descobrir qual é a vontade do Senhor e o quê Ele quer fazer. Mas mesmo quando sabemos o quê Ele quer fazer, nem sempre poderemos entender como Ele vai fazer o que quer, ou mesmo quando isto se dará.

                       A forma de agir de Deus nunca foi e nunca será previsível. O homem não pode compreender o agir de Deus com sua mente e raciocínio, pois a operação de Deus está muito acima do nosso entendimento.
 
                Quando Salomão mencionou o agir invisível de Deus, não disse que o Senhor deixa de agir nas circunstâncias onde pareça ausente, mas sim que nós não podemos ver sua operação. Não se trata de Deus deixar de agir, mas sim de fazê-lo de tal forma que nós não o vemos em ação.

            O agir de Deus em nossas vidas é pessoal. Cada pessoa e cada situação é tratada por Deus com carinho e criatividade. um agir personalizado e isto é inegável. Mesmo nas guerras e batalhas (acontecimentos muito comuns e repetidos nas páginas do Velho Testamento), nunca vemos duas intervenções divinas que sejam iguais. Para cada situação houve uma intervenção diferente, embora os resultados finais fossem similares. O que concluímos é que mesmo quando a vontade expressa de Deus era livrar seu povo das mãos do inimigo, a forma como Ele faria era sempre um mistério. Ou seja, mesmo quando sabemos o quê Ele quer fazer, não podemos saber como irá fazê-lo.

            O que necessitamos então, é parar de achar que Deus nos deva satisfação do seu agir. Ele age sempre e em todas as coisas (circunstâncias). A parte que nos cabe é crer e esperar sua manifestação, e não exigir que o Senhor mostre qual a forma de operar que foi adotada. 

       O Pai nunca prometeu que daria explicação de como Ele estaria operando. As únicas coisas das quais Ele falou foi que podíamos ter como certo é que Ele agiria, e enquanto Ele trabalhasse de forma invisível aos nossos olhos, que nós crêssemos.


            " Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.

Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.

Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come" .
Isaías 55:8-10

        

( Resumido de "O agir invisível de Deus" - Luciano Subirá)




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