“Esta é a palavra do
Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito
diz o Senhor”. (Zc 4.6)
Um dos mais elevados
princípios de batalha espiritual é entender que o Senhor dos Exércitos proíbe o
espírito de controle e dominação. Ele diz não a isto. Isto o entristece. A
unção repele a dominação e a dominação repele a unção.
Síndrome
de Diótrefes
“Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que ambiciona
dominar, não nos recebe. Pelo que, se eu aí for, trarei à memória as obras que
ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e não contente com isto, ele não somente
deixa de receber os irmãos, mas aos que
os querem receber ele proíbe de o fazerem e ainda os exclui da igreja” (3 Jo, vers 9 e 10).
Esse texto nos
fornece a radiografia de um líder
dominador, que luta com unhas e
dentes para manter o controle.
Diótrefes é um nome grego
que significa no literal “educado por Júpiter”, Júpiter, apesar de ser uma
entidade do panteão grego, tornou-se também o supremo deus dos romanos, aonde eles
assumiram uma forma dominadora e agressiva, pela qual subjugaram o mundo. E
esse comportamento acabou se infiltrando na igreja do terceiro século e se
espalhando pelo mundo todo através do catolicismo romano.
Jesus foi contemporâneo desse domínio romano em seu auge, e
revelou o antidoto contra esta toxina espiritual da dominação.
“Eu, porém, vos digo que não resistais ao
mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a
caminhar uma milha, vai com ele duas”.
Mateus 5:39-41
Mateus 5:39-41
O que Jesus está
enfatizando aqui, não é uma sujeição ao líderes dominadores, mas uma sujeição
ao bem, aos valores do reino de Deus, tendo o domínio próprio e a força moral
de não agir no mesmo espírito de agressão, manipulação e desrespeito. Ou seja,
não se contaminam com a violência através da amargura e da vingança.
Quem são os Diótrrefes?
1- São aqueles que ambicionam dominar.
Uma
outra tradução diz: “gosta de ter entre eles a primazia”. Usam a liderança não
para servir, mas para dominar outros e manipulá-los com interesses
particulares, usando para isto pretextos espirituais bem convincentes.
2- São aqueles que não recebem líderes
que para eles significam uma ameaça.
Se
fecham para outros líderes simplesmente porque eles tem pensamentos e opiniões diferentes.
Sentem-se ameaçados por outros líderes e companheiros de ministério que podem
significar algum tipo de perda pessoal ou confrontação espiritual para a sua
vida e ministério.
São
pessoas que não tem uma visão da igreja como corpo de Cristo. Não pensam em
termos de ganhos para o Reino de Deus, mas no fundo, estão criando um “imperiozinho”
para si mesmos. São como os agricultores da parábola contada por Jesus, que se
apropriaram indevidamente da vinha do seu patrão, matando os enviados dele e
até mesmo o próprio filho.
3- São aquele que proferem palavras
maliciosas
Buscam falsos argumentos para desacreditar e difamar as pessoas que de alguma forma
significam uma ameaça à sua posição, ou à sua doutrina, ou à sua visão, ou à
sua denominação, etc. Não estão edificando, mas destruindo pela maledicência o
corpo de Cristo. Edificam a si próprios destruindo os outros.
4- São aqueles que proíbem os irmãos da
igreja de receber ou visitar pessoas com quem eles estão ressentidos ou tem
alguma reserva.
Proíbem pessoas de
receberem de outras fontes por motivos injustificáveis, senão pela in segurança
que possuem. Existe um partidarismo claro e aberto.
5- São aqueles que boicotam os membros
que não rezam sua cartilha
Se
sentem no direito de retalhar ou até excluir pessoas que não concordam com suas restrições
amarguradas ou impositivas. Não há tolerância ou disposição para conversar.
Investem em seu grupinho de pessoas que se submetem cegamente, mas boicotam ou
excluem aqueles que os questionam.
Retirado do livro "Cura e Edificação do Líder" , escrito pelo Pr Marcos de Souza Borges.
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